Retalhos da Vida de Eduardo Lopo
Conto, por vezes, meias verdades; outras vezes, meias mentiras; porém, a maior parte do tempo, são mentiras tão pequenas que acabo por acreditar nelas, transformam-se na minha cabeça e tornam-se memórias reais.
Eduardo Lopo
Por vezes, deparados com o peso interno de memórias insistentes, fomentadas pela reminiscência do que já aconteceu e a supressão das mesmas pela maturidade do tempo, resta-nos procurar consolo nos pequenos rituais do quotidiano.
Eduardo Lopo, ao mudar-se para Lisboa e iniciar a sua licenciatura em Filosofia, desencadeia em si mesmo uma enchente de memórias fragmentadas, que tenta desesperadamente encaixar num todo, muitas vezes obrigando-se a colocar em questão a ténue linha entre o real, o fictício e o oblívio.
É neste contexto que o leitor viaja na mente de Eduardo. Narrado na primeira pessoa, estes fragmentos são expostos como peças de um puzzle complexo que constrói uma narrativa clara. Conseguirá Eduardo, e o próprio leitor, conectar estes retalhos e encontrar uma conclusão comum?